Finalmente terminei a campanha no Lendário. Como o ronabs comentou, a última missão é desgraçada, especialmente a última horda.
Sobre o jogo:
- Acho que simplesmente a 343i acertou em cheio na história, mas muito. Conseguiram resgatar a vibe de Halo CE, ser um jogo de aventura, e não simplesmente de ação militar. É um jogo cuja história é descoberta passo a passo, sempre de forma misteriosa.
- Apesar de poucos, os novos personagens são ótimos, carismáticos. Há um sentimento de equipe evidente, enquanto a Osiris e a Blue em H5 não conseguiram transmitir nem 10% desse sentimento.
- Na mesma linha anteriores, os vilões são ÓTIMOS. Toda linha de diálogo de Escharum é memorável, se porta realmente como um militarista quase spartano (de Esparta, grego). Ele consegue transmitir o temor em cada frase, em cada respiração trepidada. É um clássico vilão, ponto alto do jogo.
- A jogabilidade é ótima, o gancho funciona bem, mas vi pouca gente comentando das ÓTIMAS outras habilidades disponíveis. O erro aí acho que foi apenas focarem no gancho, deveriam elaborar um sistema mais equilibrado entre todas. As boss battles são incríveis, muito superior ao enfrentamento "Eternal" do Warden em Halo 5.
- As novas armas são muito bacanas, originais, características de Halo, apesar de virem ao preço de vários desfalques (submetralhadora UNSC e canhão convenant, por exemplo). Os novos inimigos também são bem bacanas, Brutes. Acho que é um saldo de qualidade em relação aos Prometheans.
- E aqui um ponto MUITO positivo, que eu não esperava: a trilha sonora é FANTÁSTICA, posso afirmar que é a melhor trilha de Halo até hoje. É mágica, épica quando tem que ser, intimista quando precisa, enfim, simplesmente perfeita. Diria não só que é a melhor trilha de Halo, mas uma das melhores da história dos jogos.
Agora vem a parte ruim: existem muitos downgrades, inclusive de Halo 5, e muita coisa faltou ou foi uma decepção:
- Os cenários são menos diversos, o level design é pobre (todo cenário interno de metal parece exatamente a mesma coisa) e as cutscenes são bem piores que as fantásticas de H5.
- O coop da campanha fez muita falta. Zerei todos os Halos basicamente no Lendário com um colega, e não ter nesse foi uma decepção enorme. Halo é um game cujo cooperativo funciona muito bem.
- A aposta no mundo (meio) aberto é interessante e acho que eles não devem mais retroceder nisso para os próximos, mas pelo menos pra mim não transmitiu o senso de exploração, descoberta, como era Halo CE, além de ter uma estética de gosto duvidoso. É basicamente batalha toda hora, não há um momento de silêncio contemplativo do mundo, não instiga descoberta, conforme o trailer de 2018.
- Os prometidos "puzzles" do mundo são bem simples, idênticos entre si, nada de mais. Corrobora o ponto anterior, não ter muita investigação no geral do mundo.
- Graficamente não é ruim, as texturas são de alta qualidade, tudo é límpido. Porém, ao juntar tudo, a coisa simplesmente não funciona em muitos momentos, diria que a maioria. Para comparar, nem precisa recorrer à Rockstar ou algo do gênero: AC Valhalla, com todos os problemas que tem, com a Ubisoft sendo a dev mediana que é, tem um mundo aberto que Halo Infinite deveria ter.
- Esses downgrades acabam se seguindo para o multiplayer. Faltam mapas, faltam modos, falta customização, faltam armas, progressão inferior... Há upgrades visíveis, como a jogabilidade, mas os downgrades são violentos.
Depois do desastre na showcase de 2020 e as preocupações que saiam na mídia toda semana, Halo Infinite entregou muito mais do que se esperava. Porém, olhando por outro lado, se você levar em consideração (i) as promessas e demonstrações de 2018 e 2019, (ii) o maior tempo de desenvolvimento para um Halo, mais de 6 anos, e (iii) um orçamento supostamente de meio bilhão, Halo Infinite entrega muito menos. É tudo uma questão de perspectiva.
343i está longe de ser o melhor estúdio da XGS e precisa de mudanças, de fato. Eu não acho que há outro estúdio da XGS que possa carregar Halo, talvez nem na indústria, mas é preciso reformar o estúdio. Halo Infinite, apesar do final feliz, foi um risco que simplesmente não dá mais pra correr no futuro.
Sobre o jogo:
- Acho que simplesmente a 343i acertou em cheio na história, mas muito. Conseguiram resgatar a vibe de Halo CE, ser um jogo de aventura, e não simplesmente de ação militar. É um jogo cuja história é descoberta passo a passo, sempre de forma misteriosa.
- Apesar de poucos, os novos personagens são ótimos, carismáticos. Há um sentimento de equipe evidente, enquanto a Osiris e a Blue em H5 não conseguiram transmitir nem 10% desse sentimento.
- Na mesma linha anteriores, os vilões são ÓTIMOS. Toda linha de diálogo de Escharum é memorável, se porta realmente como um militarista quase spartano (de Esparta, grego). Ele consegue transmitir o temor em cada frase, em cada respiração trepidada. É um clássico vilão, ponto alto do jogo.
- A jogabilidade é ótima, o gancho funciona bem, mas vi pouca gente comentando das ÓTIMAS outras habilidades disponíveis. O erro aí acho que foi apenas focarem no gancho, deveriam elaborar um sistema mais equilibrado entre todas. As boss battles são incríveis, muito superior ao enfrentamento "Eternal" do Warden em Halo 5.
- As novas armas são muito bacanas, originais, características de Halo, apesar de virem ao preço de vários desfalques (submetralhadora UNSC e canhão convenant, por exemplo). Os novos inimigos também são bem bacanas, Brutes. Acho que é um saldo de qualidade em relação aos Prometheans.
- E aqui um ponto MUITO positivo, que eu não esperava: a trilha sonora é FANTÁSTICA, posso afirmar que é a melhor trilha de Halo até hoje. É mágica, épica quando tem que ser, intimista quando precisa, enfim, simplesmente perfeita. Diria não só que é a melhor trilha de Halo, mas uma das melhores da história dos jogos.
Agora vem a parte ruim: existem muitos downgrades, inclusive de Halo 5, e muita coisa faltou ou foi uma decepção:
- Os cenários são menos diversos, o level design é pobre (todo cenário interno de metal parece exatamente a mesma coisa) e as cutscenes são bem piores que as fantásticas de H5.
- O coop da campanha fez muita falta. Zerei todos os Halos basicamente no Lendário com um colega, e não ter nesse foi uma decepção enorme. Halo é um game cujo cooperativo funciona muito bem.
- A aposta no mundo (meio) aberto é interessante e acho que eles não devem mais retroceder nisso para os próximos, mas pelo menos pra mim não transmitiu o senso de exploração, descoberta, como era Halo CE, além de ter uma estética de gosto duvidoso. É basicamente batalha toda hora, não há um momento de silêncio contemplativo do mundo, não instiga descoberta, conforme o trailer de 2018.
- Os prometidos "puzzles" do mundo são bem simples, idênticos entre si, nada de mais. Corrobora o ponto anterior, não ter muita investigação no geral do mundo.
- Graficamente não é ruim, as texturas são de alta qualidade, tudo é límpido. Porém, ao juntar tudo, a coisa simplesmente não funciona em muitos momentos, diria que a maioria. Para comparar, nem precisa recorrer à Rockstar ou algo do gênero: AC Valhalla, com todos os problemas que tem, com a Ubisoft sendo a dev mediana que é, tem um mundo aberto que Halo Infinite deveria ter.
- Esses downgrades acabam se seguindo para o multiplayer. Faltam mapas, faltam modos, falta customização, faltam armas, progressão inferior... Há upgrades visíveis, como a jogabilidade, mas os downgrades são violentos.
Depois do desastre na showcase de 2020 e as preocupações que saiam na mídia toda semana, Halo Infinite entregou muito mais do que se esperava. Porém, olhando por outro lado, se você levar em consideração (i) as promessas e demonstrações de 2018 e 2019, (ii) o maior tempo de desenvolvimento para um Halo, mais de 6 anos, e (iii) um orçamento supostamente de meio bilhão, Halo Infinite entrega muito menos. É tudo uma questão de perspectiva.
343i está longe de ser o melhor estúdio da XGS e precisa de mudanças, de fato. Eu não acho que há outro estúdio da XGS que possa carregar Halo, talvez nem na indústria, mas é preciso reformar o estúdio. Halo Infinite, apesar do final feliz, foi um risco que simplesmente não dá mais pra correr no futuro.