Olhando pelo lado da Microsoft, até dá pra entender as negativas dela para Alan Wake 2 no passado e até mais recentemente, caso tenha existido uma aproximação nesse sentido. Fora que o desenvolvimento do primeiro foi bem conturbado, era pra ser mundo aberto e voltaram atrás, levou cinco anos pra ser feito (algo normal para AAA atualmente, mas uma eternidade na época).
Além do primeiro jogo não ter sido um sucesso de vendas logo de cara (lançar no mesmo dia de Red Dead Redemption não ajudou nada), na época em que Remedy e Microsoft estavam conversando para uma sequência, a empresa estava negociando o que viria a ser a segunda leva de jogos exclusivos do
Xbox One.
A primeira leva estava fechada, com títulos que seriam lançados em 2013 e 2014, mas com um detalhe: muitos deles não eram propriedade da Microsoft. Tivemos Ryse (Crytek), Dead Rising 3 (Capcom), Sunset Overdrive (Insomniac), Titanfall (Respawn). Isso ajudou a ter um line-up inicial legal, mas em contrapartida, dava poder às desenvolvedoras, já que a Microsoft entrava com a grana para financiar e, se desse muito certo, quem saia grandona era a desenvolvedora, que teria uma IP de peso, valorizada.
Tanto é que os projetos que viriam a ser lançados a partir de 2015 e feitos por estúdios externos, tinham a Microsoft como dona das IPs. Entram aí Ori and the Blind Forest/Moon (esse, um acordo mais antigo, inicialmente seria lançado para o 360, teve até versão anunciada mas acabou cancelada), Quantum Break/Remedy, ReCore/Armature, joguinho do dragão/Platinum.
Quando a Microsoft virou a chavinha de que só iria financiar jogos desenvolvidos por terceiros se ela fosse dona da IP, acabaram-se as chances de Alan Wake 2 existir por parte dela.