Somados, estima-se que o Playstation 4 e o Xbox One já tenham vendido mais de 10 milhões de unidades, com o PS4 liderando em torno de 7 milhões de unidade, e o Xbox One com cerca de 4 milhões e meio. Independentemente das diferenças de cifras para ambos os consoles, é evidente o ótimo desempenho comercial que consoles que ainda não chegaram a completar um ano de vida tem apresentado.
O mais impressionante de tudo, entretanto, é que ambos os consoles ainda estão devendo, e muito, para seu público consumidor, naquilo que mais me importa para um console: os jogos.
E a situação torna-se ainda mais irônica quando se pensa que grande parte da polêmica por ocasião do início dessa nova geração era precisamente na existência ou abandono do foco dos consoles nos jogos, com uma inicial (e precipitada) condenação do Xbox One pelo fato de que, supostamente, não estaria focado nos jogos.
É curioso, contudo, que mesmo após as juras de Microsoft de amor a enfoque nos jogos, e mesmo depois da percepção inicial de que este seria o foco da Sony, já estamos caminhando para o primeiro aniversário dessa geração sem que os jogos lançados para o Xbox One e para o Playstation 4 tenham justificado o investimento.
Para coroar toda a ironia, o Xbox One é precisamente o console que tem apresentado uma quantidade maior de títulos e jogos exclusivos até o momento, mas a verdade é que ambos os consoles ainda apresentaram muito pouco no quesito jogo, e, o que apresentaram, não foi de boa qualidade.
Neste primeiro semestre de vida de ambos os consoles, o que se constata é uma biblioteca que não chega ainda sequer a 50 jogos, sendo que se tomarmos como referências apenas os jogos de “grande produção” (denominados de AAA), e excluir os eternamente repetitivos jogos de luta, a quantidade de títulos lançados para ambos os consoles é ainda menor e, se limitarmos apenas aos jogos que obtiveram uma apenas razoável média superior a 75, descobriremos que giram em torno de apenas 10 títulos.
Tomando o próprio Xbox One como referência, rigorosamente apenas 10 títulos AAA foram lançados até o momento que lograram uma média no metacritic superior a 75. E destes 10 título, OITO foram lançados TAMBÉM para os consoles da geração passada, seja para ambos (PS3 e Xbox 360, tal como Call of Duty: Ghost ou Need for Speed Rivals), seja apenas para o Xbox 360 (tais como Titanfall e Plants vs Zombies Garden Warfare). E um deles (Tomb Raider), sequer é um jogo novo, mas apenas uma versão “definitiva” em maior resolução. De novidade de qualidade exclusiva para essa geração no Xbox One, rigorosamente, apenas Dead Rising 3 e Forza Motorsport 5, e ainda assim, em ambos os casos, apenas sequências de franquias já consagradas.
Se tomarmos como referência o mesmo período de tempo na geração passada, na mesma época o Xbox 360 já contava com uma quantidade maior de títulos melhor recepcionados pela crítica, com PGR 3, Burnout Revenge e NFS Most Wanted para os fãs de jogos de carro, Dead or Alive 4 e Fight Night Round 3 para os fãs de luta, Call of Duty 2 e GRAW para os amantes de FPS, e ainda o extraordinário Oblivion para a turma do RPG.
RPGs, por exemplo, rigorosamente nenhum foi lançado ainda. E mesmo jogo de luta, os fãs tem que se contentar com o apenas mediano Killer Instinct, enquanto na geração passada Dead or Alive 4 e FNR3 serviram de referência de qualidade por boa parte da geração.
E mais, até o final do primeiro ano seguinte ao do lançamento do console, o Xbox 360 ainda viu serem lançados jogos como Saint´s Row, Hitman: Blood Money, Dead Rising, Test Drive Unlimited, Splinter Cell Double Agent, Call of Duty 3, FEAR, Rainbow Six Vegas, e, é claro, Gears of War.
A situação do Playstation 4 nesse aspecto, no melhor cenário possível, é a mesma. Na pior, é ainda mais frustrante.
Para uma geração que inicia com ambas as empresas (Microsoft e Sony) com uma significativa base de consumidores instalada, e com uma quantidade invejável de vendas de unidades nos seus primeiros meses de existência, é inescapável a sensação de que o volume de jogos lançados, e sua qualidade, não tem acompanhado o entusiasmo do público consumidor.
O ano ainda não terminou, e há um semestre inteiro por vir ainda para melhorar o cenário. Há expectativas de melhora com alguns jogos, como Watch Dogs, Alien: Isolation, Destiny ou Murdered: Soul Suspect, ou Dragon Age: Inquisition, mas todos eles também são exemplos de títulos que serão lançados igualmente para a geração passada. Rigorosamente, jogos como Sunset Overdrive ou Batman: Arkham Knight (talvez The Order: 1886, no PS4, se é que será lançado este ano) acabam ficando como exemplos dos poucos jogos promissores que a atual geração pode chamar de exclusivamente seus.
Muito pouco para tanta fanfarra em torno da importância dos jogos.
O mais impressionante de tudo, entretanto, é que ambos os consoles ainda estão devendo, e muito, para seu público consumidor, naquilo que mais me importa para um console: os jogos.
E a situação torna-se ainda mais irônica quando se pensa que grande parte da polêmica por ocasião do início dessa nova geração era precisamente na existência ou abandono do foco dos consoles nos jogos, com uma inicial (e precipitada) condenação do Xbox One pelo fato de que, supostamente, não estaria focado nos jogos.
É curioso, contudo, que mesmo após as juras de Microsoft de amor a enfoque nos jogos, e mesmo depois da percepção inicial de que este seria o foco da Sony, já estamos caminhando para o primeiro aniversário dessa geração sem que os jogos lançados para o Xbox One e para o Playstation 4 tenham justificado o investimento.
Para coroar toda a ironia, o Xbox One é precisamente o console que tem apresentado uma quantidade maior de títulos e jogos exclusivos até o momento, mas a verdade é que ambos os consoles ainda apresentaram muito pouco no quesito jogo, e, o que apresentaram, não foi de boa qualidade.
Neste primeiro semestre de vida de ambos os consoles, o que se constata é uma biblioteca que não chega ainda sequer a 50 jogos, sendo que se tomarmos como referências apenas os jogos de “grande produção” (denominados de AAA), e excluir os eternamente repetitivos jogos de luta, a quantidade de títulos lançados para ambos os consoles é ainda menor e, se limitarmos apenas aos jogos que obtiveram uma apenas razoável média superior a 75, descobriremos que giram em torno de apenas 10 títulos.
Tomando o próprio Xbox One como referência, rigorosamente apenas 10 títulos AAA foram lançados até o momento que lograram uma média no metacritic superior a 75. E destes 10 título, OITO foram lançados TAMBÉM para os consoles da geração passada, seja para ambos (PS3 e Xbox 360, tal como Call of Duty: Ghost ou Need for Speed Rivals), seja apenas para o Xbox 360 (tais como Titanfall e Plants vs Zombies Garden Warfare). E um deles (Tomb Raider), sequer é um jogo novo, mas apenas uma versão “definitiva” em maior resolução. De novidade de qualidade exclusiva para essa geração no Xbox One, rigorosamente, apenas Dead Rising 3 e Forza Motorsport 5, e ainda assim, em ambos os casos, apenas sequências de franquias já consagradas.
Se tomarmos como referência o mesmo período de tempo na geração passada, na mesma época o Xbox 360 já contava com uma quantidade maior de títulos melhor recepcionados pela crítica, com PGR 3, Burnout Revenge e NFS Most Wanted para os fãs de jogos de carro, Dead or Alive 4 e Fight Night Round 3 para os fãs de luta, Call of Duty 2 e GRAW para os amantes de FPS, e ainda o extraordinário Oblivion para a turma do RPG.
RPGs, por exemplo, rigorosamente nenhum foi lançado ainda. E mesmo jogo de luta, os fãs tem que se contentar com o apenas mediano Killer Instinct, enquanto na geração passada Dead or Alive 4 e FNR3 serviram de referência de qualidade por boa parte da geração.
E mais, até o final do primeiro ano seguinte ao do lançamento do console, o Xbox 360 ainda viu serem lançados jogos como Saint´s Row, Hitman: Blood Money, Dead Rising, Test Drive Unlimited, Splinter Cell Double Agent, Call of Duty 3, FEAR, Rainbow Six Vegas, e, é claro, Gears of War.
A situação do Playstation 4 nesse aspecto, no melhor cenário possível, é a mesma. Na pior, é ainda mais frustrante.
Para uma geração que inicia com ambas as empresas (Microsoft e Sony) com uma significativa base de consumidores instalada, e com uma quantidade invejável de vendas de unidades nos seus primeiros meses de existência, é inescapável a sensação de que o volume de jogos lançados, e sua qualidade, não tem acompanhado o entusiasmo do público consumidor.
O ano ainda não terminou, e há um semestre inteiro por vir ainda para melhorar o cenário. Há expectativas de melhora com alguns jogos, como Watch Dogs, Alien: Isolation, Destiny ou Murdered: Soul Suspect, ou Dragon Age: Inquisition, mas todos eles também são exemplos de títulos que serão lançados igualmente para a geração passada. Rigorosamente, jogos como Sunset Overdrive ou Batman: Arkham Knight (talvez The Order: 1886, no PS4, se é que será lançado este ano) acabam ficando como exemplos dos poucos jogos promissores que a atual geração pode chamar de exclusivamente seus.
Muito pouco para tanta fanfarra em torno da importância dos jogos.