Eita, será que pau que nasce torto nunca se endireita?
Por que o
Xbox One vendeu menos? Algo bem importante que demorou um pouco pra ser corrigido, e influenciou bastante no “péssimo” início de vendas, foi o preço. (Botei o péssimo entre aspas porque o lançamento foi melhor do que o do
Xbox 360, só que o PS4 arrancou bem demais.) Enquanto o PS4 foi lançado a US$ 399, o
Xbox One chegou por US$ 499, graças à obrigatoriedade do Kinect. É 25% a mais no equipamento. Pra toda a vida útil do console, até nem é tanta coisa, mas botando o preto no branco, era ¼ mais caro, e a Microsoft demorou pra ver que a estratégia de lançamento estava bem torta. E olha que aqui estou falando só da parte do lançamento em novembro/13, nem entro na parte do desastre que foi o anúncio em maio, a empresa teve seis meses pra tentar arrumar a casa e não conseguiu. Aí vem o efeito cascata: o PS4 vende mais e, por vender mais, mais gente fica interessada em ter o que todo mundo tem e, consequentemente, vende mais e tals.
E por que o One ainda vende menos? Um dos motivos é a confiabilidade. Gosto do
Xbox como plataforma, do ecossistema, meus amigos de infância estão na Live, mas minhas experiências com
Xbox já demonstraram que não dá pra ir muito na onda do que a Microsoft fala. Hoje é A, amanhã é B. Hoje investe em exclusivos, amanhã fica na trinca Forza, Gears e Halo. Hoje, o Kinect é essencial, amanhã é item opcional. A Sony também tem disso, mas ela ainda dá mais indícios de que seguirá firme no que for fazer, principalmente em entregar bons jogos pra galera. Tá certo que os jogos grandões ainda são escassos (pro meu gosto), mas todos sabem que uma hora eles virão - e nisso se baseou a minha escolha inicial pelo One.
A retrocompatibilidade, pra mim, foi um puta acerto, e segue bem a estratégia que a Microsoft vem falando há bastante tempo. É só ir no
anúncio da retrocompatibilidade pra ver o Phil Spencer falando que a Microsoft quer oferecer o maior catálogo da história do
Xbox, e pra isso, a retrocompatibilidade é essencial. É só pensar que serão 100 títulos até o fim do ano. Podem não ser lançamentos, mas uma parte considerável são jogos excelentes que o pessoal poderá rejogar e relembrar bons momentos ou até mesmo conhecer jogos que não teve a oportunidade de jogar. Esses dias, fiz um tópico falando sobre o Shadow Complex (que entrou no programa de retrocompatibilidade) e vi dois tipos de comentários: pessoas que já jogaram felizes com a notícia e pessoas que não jogaram interessadas em jogar um dos melhores jogos da XBLA. Além disso, é uma ótima maneira de manter a grana girando em sua plataforma, vendendo jogos e complementos que, hoje, não teriam tanta vitrine. Retrocompatibilidade é legal, é maneiro, volta e meia aparece como uma grande vantagem do PC, ter todos os teus jogos em um único lugar. Aqui, a Microsoft fez um golaço
tipo o do Giuliano no Grenal hehe.
Sobre 1080p/60fps, eu não ligo tanto por essa obsessão. Claro que é um caminho natural, mais poder de processamento possibilita melhorias gráficas, mas prefiro muito mais um jogo rodando liso na minha tela do que ter que comprometer a jogabilidade pra alcançar maiores resoluções.
[Logo mais eu volto com outros comentários. Pensando bem, até que falei bastante coisa pra 13 min de cast.
]
EDIT 1
Console wars sempre irão existir, faz parte do jogo ter uma galera mais "apaixonada". Mas é como vocês disseram, tem a diferença entre brincar e xingar gratuitamente, sendo até incoerente com os próprios argumentos. Gostei do comentário que o mercado não existe no single player, precisa de multiplayer, de outros competidores. Em uma utopia, existiria um único console com o melhor de todos: preços de um, jogos de outro, usabilidade daquele lá. Como isso é impossível, é meio inútil pegar birra de algum console concorrente, é torcer pro mercado que tu consome produtos enfraquecer e falar mal de algo que, lá na frente, talvez tu até compre.
Não sabia que o Nelson era da Ação Games, devo ter lido bastante coisa tua na minha infância sem saber. Bem triste aquela edição de despedida da revista, com um comunicado avisando do encerramento com aquele "urgente" vermelho.