Vixe, pelo visto vou entrar um pouco nesse time da polêmica sobre os reviews então. XD
Bem, eu tive acesso ao Battletoads uns dias antes de seu lançamento oficial. O debulhei no último final de semana com meu pequeno de (quase) 8 anos. Jogamos juntos o jogo inteiro. Então sou um destes que já o terminou. Não pude comentar nada porque rola as diretrizes dos embargos e tal. Mas agora tá liberado para comentar.
Particularmente eu gostei muito do jogo. Superou minhas expectativas. E assim, a impressão que tive, depois de jogar e olhando as demonstrações do gameplay do jogo do ano passado, é que houve um salto gigante no refinamento do gameplay, especialmente na área do combate. Fiquei muito satisfeito com o resultado final entregue, mas não consigo deixar de apontar (pelo olhar crítico) que o título tropeça em alguns momentos.
Não gostei, e parece bobeira sei lá, das enormes faixas pretas das legendas, tampando boa parte das animações atrás das mesmas. Meu pequeno de 8 anos teria adorado a história se o jogo tivesse vindo dublado. Nesse aspecto, só eu curti. Mesmo que eu lesse pra ele, a entonação não seria igual (não sou dublador). Fora que tem legendas realmente grandes, que pra ler inteiro eu mesmo já sofri um pouco (saber inglês salva essa hora).
Acho também válido criticar a ausência de multiplayer online. Streets of Rage 4 eu já havia criticado ter apenas modo com 2 players online quando lançado. Aqui também é meio zoado. A Microsoft tem servidores no mundo todo, a Rare tem Sea of Thieves rodando exclusivamente online... havia gente aí nessa conta que podia ter ajudado da DLala. Só me resta torcer para que a pandemia tenha prejudicado essa ideia e que um modo online possa ser inserido futuramente. Ori teve um update parrudo um ano depois, Battletoads pode passar por isso também.
Também acho o terceiro ato, assim como a fase inicial (tutorial) bem fracos. As fases do Pimble são totalmente Rayman Origins/DK Country. porém são três fases que poderia ter sido condensado em uma única fase. Eu preferia outras fases diferentes do que três muito parecidas. O mesmo para as fases da navinha. Senti que houve, nesse processo do desenvolvimento, uma acelerada em alguns momentos do jogo afim dele poder ser lançado. O ato 4 mesmo, não ter uma fase totalmente beat em up (e te apenas uma arena) já achei meio errado. Talvez a DLala não tenha tempo para finalizar tudo.
Mas análise são assim, a gente precisa pontuar os pontos fracos de um jogo, exatamente para entender seus pontos fortes também. E aqui acho que Battletoads se sai magnificamente bem. Nem se compara com o enrosco de Banjo-Kazooie: Nuts & Bolts... que tenta reinventar a roda e não se sai bem. Battletoads não está se reinventando, está se modernizando. São coisas bem diferentes.
Enfim, eu adorei o game, mas entendo que há pontos fracos. Na contrapartida, é total compreensivo isso, especialmente por se tratar de um jogo de 19 dólares. Ele não está tentando ser um Triplo AAA. Se fosse 29 dólares, ainda acharia justo para o valor de mercado. E parabéns a Microsoft por lançá-lo no Brasil abaixo da cotação do dólar (está 74 reais na loja digital).
Enfim, eu fiz uma longa análise do jogo no site em que escrevo. A quem quiser ler mais detalhes, dentre críticas, ponderações e muitos elogios, eis o link:
Análise | Battletoads (2020) - Nota 8,6
Battletoads está de volta, trazendo muito do charme peculiar do jogo lançado em 1991, entretanto arrisca bastante ao deixar de lado alguns dos aspectos que são pilares da obra original e que, provavelmente, não funcionariam bem nos dias de hoje. Pode-se dizer que trata-se de uma sequência que...
www.portallos.com.br
Obs.: não mencionei na análise... mas achei uma pena que os colecionáveis não sirvam pra nada (ao menos não vi qualquer função pra eles). Achei que destravariam alguma coisa, nem que fosse artes e storyboards. Senti que o valor de replay do título foi um pouco mal planejado após terminá-lo uma primeira vez. Só correr atrás dos colecionáveis pendentes não me soa muito animador.