Estou jogando Watch Dogs desde ontem graças à dica de um amigo que me avisou que a Fullgames já estava liberando as chaves e permitindo que o jogo iniciasse normalmente pelo Uplay. Parece que a Ubisoft deixou o jogo vazar por diversas lojas e acabou liberando mais cedo para muita gente. Quem comprou pelo Steam e algumas outras lojas online só vai poder jogar na terça mesmo. Então quem quiser jogar hoje no PC pode comprar pela Fullgames que é certeza. O donwload tem apenas 14 GB e só ativa no Uplay.
Falando do jogo:
Gráficos
Primeiramente depois de toda aquela polêmica do downgrade vamos logo falar de gráficos. Estou jogando com tudo no ultra, exceto texturas e sombras que deixei no high e o AA que pesa muito e precisei setar em TAA 2X. Full hd mantendo uma média de 35 a 45 fps. O jogo ainda está mal otimizado e precisa de drivers melhores e patches. Apesar disso, não tive qualquer bug, e vi um único glitch sem importância. Algo que pode ser considerado muito bom para um sandbox desse tamanho.
Aqui sem dúvida que houve o downgrade, mas ele foi bem menor do que os péssimos vídeos liberados pela Ubisotf davam a entender. Em especial nota-se de cara a modelagem mais modesta com a cidade e os NPCs menos detalhados que os vídeos da E3. Os efeitos atmosféricos estão bem feitos, mas aquela chuva da E3 não existe aqui. Mesmo assim, ainda é um jogo muito bonito, especialmente à noite e com chuva.
Na parte da iluminação a Ubisoft não conseguiu manter um nível constante de qualidade como o visto em Infamous SS. Watch Dogs é notavelmente mais feio de dia do que à noite. Isso ocorre porque de dia é praticamente impossível encontrar sombras e efeitos de luz mais dinâmicos. É tudo muito claro e estático dando aquela impressão de geração passada. Já à noite a situação se inverte e o visual melhora muito.
No geral é um jogo agradável de se ver com muitos efeitos de partículas, vegetação em movimento, fumaça, vapor, folhas, lixo e papel voando, etc. Esses pequenos detalhes climáticos dão vida à cidade. E Chicago foi muito bem recriada. No entanto, é impossível você não pensar que por conta dos consoles velhos, mais um jogo vai ficando amarrado quando tinha espaço de sobra para avançar no quesito gráfico.
Física e tiro
Aqui o jogo decepciona. Os carros sofrem danos com o tempo, mas de forma bastante irreal. Você pode bater a 100 por hora e nenhum amassado aparece. Só depois de algum tempo batendo é que o carro vai se destruindo. A dirigibilidade também deixa um pouco a desejar, pois não é realista e nem arcade e divertida como em GTA V. Requer costume, mas não chega a atrapalhar.
A movimentação do seu personagem é meio pesada ao estilo Niko de GTA IV, um pouco menos atrapalhada, mas lenta demais às vezes, especialmente em perseguições à pé onde é preciso desviar rápido de obstáculos.
O gunplay está bom, nada especial, mas também não é algo que vá ficar no seu caminho. Estou jogando com o controle do Xbox 360 e com a assistência de mira desabilitada. Até aqui tem sido bem responsivo e as armas passam a sensação correta de acordo com o calibre. O sistema de cover está bem feito e você só precisa apertar o botão A apontando para o local onde quer se proteger. Particularmente não vi muita graça de sair em tiroteios nesse jogo e sim procurar ser o mais furtivo possível usando as habilidades de hacker contra os inimigos.
Gameplay
Com o botão X você acessa o profiler, um app do celular onde basta apontar para um pedestre ou objeto do qual deseja obter informações. Você só terá informações completas do pedestre se ele estiver usando um celular e se você já tiver grampeado o ctOS daquela zona. É possível desde escutar uma conversa, roubar uma senha de banco, interceptar uma encomenda, até identificar uma intenção criminosa do NPC e com isso seguir ele e impedir o crime de acontecer. Essa interação com os pedestres é bem variada e imprevisível. Nesse ponto o jogo realmente inova, pois os pedestres deixaram de ser simples elementos de cenário.
Existe um sistema de reputação que acompanha suas atividades boas e/ou ruins fazendo você ganhar pontos que podem ser gastos em uma skill tree que conta com as habilidades principais de combate, hacker, crafting e direção.
Estou achando divertido e bem variado em termos de quantidade e diversidade de coisas para se fazer o que era uma preocupação por se tratar de um jogo da Ubisoft. Só vai achar repetitivo quem resolver fazer apenas um tipo de missão o tempo todo, algo que vale para maioria dos sandboxes mais recentes.
As missões mais comuns são as de crimes em andamento. Você como vigilante pode impedir um crime o que gera reputação e pode lhe garantir skill points. Outros exemplos de atividades são coleta de carros, digital trips, invasão de privacidade, pontos turísticos, jogos de realidade aumentada, fazer compras (roupas, bebidas e itens de crafting) e vários outros minigames espalhados pela cidade (xadrez, slot machine, apostas, etc.).
De todas essas atividades extras a mais divertida é mesmo a digital trip que você encontra comprando de traficantes. É como se fosse os Rampages de GTA, mas com design e objetivos mais variados. Um deles envolve liberar setores da cidade sem ser visto por robôs. Em outra você pega um tanque em forma de aranha e sai destruindo tudo. Nessas digital trips a cidade dá espaço a um ambiente ilusionário, geralmente mais vazio e estilizado.
Os mini-games de realidade aumentada lembram Saints Row e são divertidos pra quebrar o clima sério do jogo. Em um deles é preciso coletar moedas virtuais pela cidade sem esbarrar nos monstros que tiram pontos. É algo bem bobo, mas diverte. Em outro mini-game você tem que usar o smartphone como arma pra matar bichos projetados no ambiente.
Até aqui o que fiz de missões principais me passou uma ótima impressão. O foco no enredo é bem claro e os NPCs estão muito bem dublados e animados.
As famosas torres dos jogos da Ubisoft estão presentes sim, mas não são repetitivas como as de Assassins e FarCry 3. É preciso invadir e grampear os ctOS para ter acesso a todos os eletrônicos hackeáveis de uma zona e poder usar o profiler (app do smartphone que detalha as informações de cada pedestre). A melhoria aqui é que cada ctOS é muito diferente do outro, tanto em desenho de mapa quanto na segurança. Podem ter guardas armados ou apenas um puzzle onde você deve encontrar a forma de entrar hackeando câmeras e outras máquinas.
A mecânica de invadir é bem divertida, sendo que você pode sair atirando ou procurar ser totalmente furtivo. A última opção pra mim é bem mais interessante, já que permite usar de forma calculada todos os objetos hackeáveis ao seu redor, confundindo os inimigos e até imobilizando-os sem revelar sua posição.
A cada ctOS grampeado você desbloqueia novos itens, pontos de interesse no mapa e esconderijos, além de ganhar pontos de habilidade.
A polícia do jogo é chata e se você não usar as habilidades de hacker vai ser difícil escapar dela apenas dirigindo ou correndo. Os bloqueios de rua acionados pelo celular ajudam muito e têm resultados divertidos. Pena que não vi câmera traseira de perseguição até aqui. Vale destacar que os carros contam com visão interna. É algo bem simples com um efeito meio desfocado pra não pesar muito e você não tem acesso a retrovisores e nem pode mover muito a visão. Serve apenas para ajudar na imersão.
Ainda não testei o multiplayer e só o pretendo fazer quando estiver mais avançado na história e conhecer melhor o jogo.
Ainda não posso dar um parecer final, mas para quem estava em cima do muro, eu mesmo só comprei depois que vi rodando na casa de um amigo, recomendo a compra. É um jogo competente, polido e muito bem produzido pela Ubisoft. Certamente para quem está aí na seca de jogos dos consoles next-gen será uma adição muito bem vinda, mais ainda se você gosta de sandboxes.
As comparações com outros jogos do estilo, em especial GTA V, são inevitáveis, mas eu digo que Watch Dogs se diferencia principalmente por tirar os pedestres daquela clássica condição de meros elementos do cenário. Ainda não é o jogo onde cada NPC vai ter seu papel bem definido, mas só de permitir ao jogador interagir de uma forma mais imprevisível com esses NPCs, já é um começo promissor.
Chutando uma média no Metacritic pelo que vi até aqui, eu diria que fica entre 88 e 91. Só espero que a Ubisoft não transforme WD em um novo Assassins, mas isso é quase impossível de acontecer se o jogo vender bem.
Falando do jogo:
Gráficos
Primeiramente depois de toda aquela polêmica do downgrade vamos logo falar de gráficos. Estou jogando com tudo no ultra, exceto texturas e sombras que deixei no high e o AA que pesa muito e precisei setar em TAA 2X. Full hd mantendo uma média de 35 a 45 fps. O jogo ainda está mal otimizado e precisa de drivers melhores e patches. Apesar disso, não tive qualquer bug, e vi um único glitch sem importância. Algo que pode ser considerado muito bom para um sandbox desse tamanho.
Aqui sem dúvida que houve o downgrade, mas ele foi bem menor do que os péssimos vídeos liberados pela Ubisotf davam a entender. Em especial nota-se de cara a modelagem mais modesta com a cidade e os NPCs menos detalhados que os vídeos da E3. Os efeitos atmosféricos estão bem feitos, mas aquela chuva da E3 não existe aqui. Mesmo assim, ainda é um jogo muito bonito, especialmente à noite e com chuva.
Na parte da iluminação a Ubisoft não conseguiu manter um nível constante de qualidade como o visto em Infamous SS. Watch Dogs é notavelmente mais feio de dia do que à noite. Isso ocorre porque de dia é praticamente impossível encontrar sombras e efeitos de luz mais dinâmicos. É tudo muito claro e estático dando aquela impressão de geração passada. Já à noite a situação se inverte e o visual melhora muito.
No geral é um jogo agradável de se ver com muitos efeitos de partículas, vegetação em movimento, fumaça, vapor, folhas, lixo e papel voando, etc. Esses pequenos detalhes climáticos dão vida à cidade. E Chicago foi muito bem recriada. No entanto, é impossível você não pensar que por conta dos consoles velhos, mais um jogo vai ficando amarrado quando tinha espaço de sobra para avançar no quesito gráfico.
Física e tiro
Aqui o jogo decepciona. Os carros sofrem danos com o tempo, mas de forma bastante irreal. Você pode bater a 100 por hora e nenhum amassado aparece. Só depois de algum tempo batendo é que o carro vai se destruindo. A dirigibilidade também deixa um pouco a desejar, pois não é realista e nem arcade e divertida como em GTA V. Requer costume, mas não chega a atrapalhar.
A movimentação do seu personagem é meio pesada ao estilo Niko de GTA IV, um pouco menos atrapalhada, mas lenta demais às vezes, especialmente em perseguições à pé onde é preciso desviar rápido de obstáculos.
O gunplay está bom, nada especial, mas também não é algo que vá ficar no seu caminho. Estou jogando com o controle do Xbox 360 e com a assistência de mira desabilitada. Até aqui tem sido bem responsivo e as armas passam a sensação correta de acordo com o calibre. O sistema de cover está bem feito e você só precisa apertar o botão A apontando para o local onde quer se proteger. Particularmente não vi muita graça de sair em tiroteios nesse jogo e sim procurar ser o mais furtivo possível usando as habilidades de hacker contra os inimigos.
Gameplay
Com o botão X você acessa o profiler, um app do celular onde basta apontar para um pedestre ou objeto do qual deseja obter informações. Você só terá informações completas do pedestre se ele estiver usando um celular e se você já tiver grampeado o ctOS daquela zona. É possível desde escutar uma conversa, roubar uma senha de banco, interceptar uma encomenda, até identificar uma intenção criminosa do NPC e com isso seguir ele e impedir o crime de acontecer. Essa interação com os pedestres é bem variada e imprevisível. Nesse ponto o jogo realmente inova, pois os pedestres deixaram de ser simples elementos de cenário.
Existe um sistema de reputação que acompanha suas atividades boas e/ou ruins fazendo você ganhar pontos que podem ser gastos em uma skill tree que conta com as habilidades principais de combate, hacker, crafting e direção.
Estou achando divertido e bem variado em termos de quantidade e diversidade de coisas para se fazer o que era uma preocupação por se tratar de um jogo da Ubisoft. Só vai achar repetitivo quem resolver fazer apenas um tipo de missão o tempo todo, algo que vale para maioria dos sandboxes mais recentes.
As missões mais comuns são as de crimes em andamento. Você como vigilante pode impedir um crime o que gera reputação e pode lhe garantir skill points. Outros exemplos de atividades são coleta de carros, digital trips, invasão de privacidade, pontos turísticos, jogos de realidade aumentada, fazer compras (roupas, bebidas e itens de crafting) e vários outros minigames espalhados pela cidade (xadrez, slot machine, apostas, etc.).
De todas essas atividades extras a mais divertida é mesmo a digital trip que você encontra comprando de traficantes. É como se fosse os Rampages de GTA, mas com design e objetivos mais variados. Um deles envolve liberar setores da cidade sem ser visto por robôs. Em outra você pega um tanque em forma de aranha e sai destruindo tudo. Nessas digital trips a cidade dá espaço a um ambiente ilusionário, geralmente mais vazio e estilizado.
Os mini-games de realidade aumentada lembram Saints Row e são divertidos pra quebrar o clima sério do jogo. Em um deles é preciso coletar moedas virtuais pela cidade sem esbarrar nos monstros que tiram pontos. É algo bem bobo, mas diverte. Em outro mini-game você tem que usar o smartphone como arma pra matar bichos projetados no ambiente.
Até aqui o que fiz de missões principais me passou uma ótima impressão. O foco no enredo é bem claro e os NPCs estão muito bem dublados e animados.
As famosas torres dos jogos da Ubisoft estão presentes sim, mas não são repetitivas como as de Assassins e FarCry 3. É preciso invadir e grampear os ctOS para ter acesso a todos os eletrônicos hackeáveis de uma zona e poder usar o profiler (app do smartphone que detalha as informações de cada pedestre). A melhoria aqui é que cada ctOS é muito diferente do outro, tanto em desenho de mapa quanto na segurança. Podem ter guardas armados ou apenas um puzzle onde você deve encontrar a forma de entrar hackeando câmeras e outras máquinas.
A mecânica de invadir é bem divertida, sendo que você pode sair atirando ou procurar ser totalmente furtivo. A última opção pra mim é bem mais interessante, já que permite usar de forma calculada todos os objetos hackeáveis ao seu redor, confundindo os inimigos e até imobilizando-os sem revelar sua posição.
A cada ctOS grampeado você desbloqueia novos itens, pontos de interesse no mapa e esconderijos, além de ganhar pontos de habilidade.
A polícia do jogo é chata e se você não usar as habilidades de hacker vai ser difícil escapar dela apenas dirigindo ou correndo. Os bloqueios de rua acionados pelo celular ajudam muito e têm resultados divertidos. Pena que não vi câmera traseira de perseguição até aqui. Vale destacar que os carros contam com visão interna. É algo bem simples com um efeito meio desfocado pra não pesar muito e você não tem acesso a retrovisores e nem pode mover muito a visão. Serve apenas para ajudar na imersão.
Ainda não testei o multiplayer e só o pretendo fazer quando estiver mais avançado na história e conhecer melhor o jogo.
Ainda não posso dar um parecer final, mas para quem estava em cima do muro, eu mesmo só comprei depois que vi rodando na casa de um amigo, recomendo a compra. É um jogo competente, polido e muito bem produzido pela Ubisoft. Certamente para quem está aí na seca de jogos dos consoles next-gen será uma adição muito bem vinda, mais ainda se você gosta de sandboxes.
As comparações com outros jogos do estilo, em especial GTA V, são inevitáveis, mas eu digo que Watch Dogs se diferencia principalmente por tirar os pedestres daquela clássica condição de meros elementos do cenário. Ainda não é o jogo onde cada NPC vai ter seu papel bem definido, mas só de permitir ao jogador interagir de uma forma mais imprevisível com esses NPCs, já é um começo promissor.
Chutando uma média no Metacritic pelo que vi até aqui, eu diria que fica entre 88 e 91. Só espero que a Ubisoft não transforme WD em um novo Assassins, mas isso é quase impossível de acontecer se o jogo vender bem.