Acabei de zerar aqui, comentários muito bons aqui no tópico então vai ser chover no molhado. Mas queria pontuar que é interessante ver como a Rockstar sempre trabalha o limite moral do banditismo. Isso não só em Red Dead, mas em quase todos os GTAs modernos. Existia na gangue do Dutch um código moral, e quando esse código começou a não ser mais respeitado, Arthur se revoltou. Não existe nesses casos uma barreira muito clara do bem e do mal, alguns se sentiam revolucionários e idealistas, mas outros sabiam que eram apenas ladrões.
Os personagens mudam bastante com o passar dos acontecimentos, e os mais visíveis são Dutch e Arthur. Arthur passou a ficar cada vez mais humano e cada vez menos leal, começou realmente a fazer perguntas, principalmente depois do diagnóstico da Tuberculose e fim das esperanças com sua ex-mulher. Aliás, Arthur vê um pouco de si em John e empenha para que não tome o mesmo caminho dele, preterindo a gangue em vez da família. Ele já não tinha mais perspectivas e sabia que a fuga definitiva era uma ilusão.
Já Dutch parece que foi muito afetado pela morte do Horsea, a megalomania tomou conta dele. Acho também que ele nunca quis de fato sumir do mapa para alguma ilha tropical. Se algum dia quis, Guarma destruiu essa esperança. Como já disseram, Dutch precisava daquilo de alguma forma. Todo mundo achava que tinha controle sobre si e que, do dia pra noite, iam virar caipiras plantadores de batata. Se nem John, que tem uma família e um filho, conseguiu isso sem marcas no epílogo, imagina Dutch e Arthur que não tinham mais nada?
Uma coisa que eu não entendi é porque em determinados finais o Arthur não usa a Molly para persuadir Dutch contra o Micah. Até onde eu sei, em todos os finais ele fica sabendo da informação obtida através do Andrew Milton de que Molly não dedurou a gangue.