Olá pessoal, estou aqui para começar uma série de reviews focando em jogos clássicos, principalmente aqueles disponíveis para o
Xbox Original, com a recente adição do catálogo da Retrocompatibilidade, resolvi ajudar aqueles que, como eu, estão em dúvida sobre qual jogo comprar desse catálogo, então irei começar por um jogo não muito conhecido, mas que conseguiu uma legião de fãs mesmo assim, o clássico Sid Meier's Pìrates!
Esse jogo lançou originalmente para o Commodore 64 e para o Apple II pela Micropose, empresa fundada pelo próprio Sid Meier com a ajuda de seu amigo de longa data Bill Stealey, em 1986. Em 2004 foi lançado seu Remake de mesmo nome, esse lançado para o PC,
Xbox,
Xbox 360, Mac, Wii e para o PSP, e é sobre essa versão que vamos falar hoje.
O enredo é superbásico e simples, podendo ser considerado um enredo completamente conceitual, apesar de haver um "Fim", seu personagem, quando criança, teve seus pais sequestrados pelo Marquês de Montablan, e desde então não teve notícias, sendo que no evento havia fugido do terrível destino de escravidão, 10 anos se passaram e seu personagem recebe uma carta de admissão para poder servir uma das 4 nações do jogo, os Espanhóis, os Franceses, os Ingleses e os Holandeses. Nessa "Ficha" você nomeia seu personagem, escolhe a dificuldade (Tendo que escolher entre 4, do mais fácil ao mais dificil, e você pode aumentar a dificuldade a partir do momento que você recebe promoções), sua habilidade especial (onde você é bom, entre batalha com espadas, em artilharia, Navegação, etc.) e o ano que você começa (O Século das Navegações, século XVII), esse ultimo interferindo pouco na jornada. Logo que você escolhe todas essas características, a cutscene mostra seu personagem trabalhando no navio, mas ele e seus companheiros são super massacrados pelo capitão tirano, você desafia o capitão para uma batalha e um motim começa, culminando na vitória de seu personagem e no começo da Jornada.
Como dito anteriormente, a história é simples e serve como pano de fundo, o objetivo final do jogo é conquistar a fama e a fortuna, porém você também tem como objetivo ir atrás dos membros de sua família e resgatá-los um a um, no decorrer do jogo, você acaba se encontrando com o Barão Raymondo que tem informações sobre sua família e a localização dos mesmos através de pedaços de mapas. Em um dado momento, você também encontra o Marquês, derrotando este, uma peça do mapa que leva ao esconderijo dele se revela, quando totalmente revelado, ele mostra o paradeiro e você deverá ir até o local e capturá-lo. A história não tem um lado obscuro, muito menos haverão escolhas sobre como proceder nessas batalhas, o que é uma pena.
Na questão do Gameplay, o jogo utiliza o Numpad (no PC) e o analógico (na versão console), no caso do Numpad, seu uso é representado no canto inferior direito quanto as suas funções, que variam conforme o gameplay. Por Exemplo: na batalha naval, os botões 4 e 6 do Numpad viram o navio para a esquerda e direita, respectivamente, porém a batalha de espadas, o botão 4 dá um ataque rápido pelo meio, enquanto o botão 5 serve para defender o ataque.
No jogo, há varias coisas a se fazer, cada um deles é um minigame diferente, navegar, batalhar (tanto por mar quanto por terra, através de escadas) se esgueirar pela cidade conquistada por uma nação que não o tolera, sitiar uma cidade (na qual o jogo se transforma em um minigame de estratégia, muito influenciado por outro jogo de Meier, Civilization), e Dança com a filha do Governador da cidade (odiado pelos fãs por sua extrema complexidade)
Em sua maioria, os controles respondem bem, porém senti certa dificuldade no minigame de dança, muita das vezes acertava o botão á escolher e o jogo não computava, registrando como um erro. Outro Bug pestilento é os constantes glitches gráficos que ocorrem ocasionalmente, não é o tempo todo, porém acontecem e são chatíssimos.
O jogo tem uma dificuldade básica nos niveis mais fáceis, mas é importante começar por eles primeiro oara se acostumar com a jogabilidade e controles novos, pois nas dificuldades mais elevadas o jogo pode se mostrar extremamente frustrantes, principalmente nos benditos minigames de baile. Diplomacia e construir sua fama são importantes nos estágios mais avançados no jogo, principalmente á medida que você envelhece (sim, nesse jogo você envelhece a medida que o tempo passa).
Há também a busca por tesouros escondidos, aonde nas tavernas da cidade você pode encontrar alguém vendendo as peças de mapas por um preço. Nas tavernas você também pode contratar novos marujos para acompanhar na jornada e lutar ao seu lado, além de ouvir rumores sobre o paradeiro do Marquês, do Barão e de outros piratas famosos e rivais, tais como Barba Negra, Roc Brasiliano e até mesmo Capitain Kidd!
Você pode também montar uma extensa armada, isso aumenta sua capacidade e o limite de marujos que podem estar a bordo, senti falta dos navios poderem atacar também, criando uma gigantesca batalha.
O jogo foi aclamado pela crítica, angariando milhares de elogios e até tem uma nota 88 no Metacritic, mas vendeu terrivelmente mal... Porque? World of Warcraft, saiu no mesmo ano que Pirates! e o jogo acabou passando batido pela gigantesca popularidade do MMO da Blizzard. No mais, o jogo é divertido, que consegue te prender, logo que você vê, já gastou quase 2 horas jogando direto, é uma ótima experiência singleplayer que vale a pena adquirir na retrocompatibilidade, ele está disponível no GOG, na Steam e na
Xbox Marketplace, a melhor versão segundo os fãs e críticos é sua versão PC, apesar dos bugs e glitches gráficos que ocorrem ocasionalmente, ele está barato, 15 reais, sendo que na Microsoft Store ele está a 9,99 dólares (cerca de R$30,00), podendo ser comprado apenas com uma cartão e conta internacionais e VPN...
Está aí o episódio piloto de OS CLÁSSICOS, caso tenham algo a acrescentar, fiquem á vontade para comentar, ainda não sei qual o próximo post, mas podem ficar ligados que não será tão tarde.
