É perfeitamente possível começar uma análise de Far Cry 4 citando seu maior problema: ele vem depois de Far Cry 3.
Se por um lado é verdade que um jogo deve ser apreciado segundo seus próprios méritos, e que comparações tendem a ser injustas, é impossível analisar uma sequência de uma mesma franquia (ainda que não haja ligação direta entre as histórias) sem analisar a franquia na qual está inserida.
E nesse caso, vamos tentar fazer um breve resumo da história de Far Cry 3: você é um jovem que por por razões alheias a sua vontade se encontra preso em uma ilha no Sul da Ásia por um vilão desequilibrado emocionalmente. Você acaba sendo resgatado por nativos que são os responsáveis por uma rebelião contra a tirania do vilão e de seu grupo. Você, “naturalmente”, alia-se a esse grupo de rebeldes que acabou de conhecer e torna-se um dos líderes do movimento, fazendo-o avançar contra o inimigo na medida em que libera torres de comunicação que permite mapear a região ao redor, derruba o controle de seu inimigo na região através da conquista de bases nas diversas áreas do jogo ao mesmo tempo em que a trama principal se desenvolve através de missões específicas e você ganhar recursos, experiências e destrava outros benefícios através da realização de desafio e missões secundárias que envolvem, entre outras coisas, assassinar líderes inimigos, caçar animais ou encontrar itens espalhados pelo mapa.
Vamos, agora, fazer um breve resumo da história de Far Cry 4: você é um jovem que por por razões alheias a sua vontade se encontra preso em uma região montanhosa da Ásia central por um vilão desequilibrado emocionalmente. Você acaba sendo resgatado por nativos que são os responsáveis por uma rebelião contra a tirania do vilão e de seu grupo. Você, “naturalmente”, alia-se a esse grupo de rebeldes que acabou de conhecer e torna-se um dos líderes do movimento, fazendo-o avançar contra o inimigo na medida em que libera torres de comunicação que permite mapear a região ao redor, derruba o controle de seu inimigo na região através da conquista de bases nas diversas áreas do jogo ao mesmo tempo em que a trama principal se desenvolve através de missões específicas e você ganhar recursos, experiências e destrava outros benefícios através da realização de desafio e missões secundárias que envolvem, entre outras coisas, assassinar líderes inimigos, caçar animais ou encontrar itens espalhados pelo mapa.
Para um jogador que não teve a oportunidade de ter contato com Far Cry 3, seu sucessor apresenta as mesmas e aprimoradas qualidades que fizeram de Far Cry 3 um dos melhores jogos de tiro da geração passada. Para quem já teve a oportunidade de jogar o terceiro jogo da série, contudo, Far Cry 4 pode ser mais bonito, pode ser maior, pode ter mais missões, mas o contexto, o enredo, a história, até as motivações e mesmo grande parte das missões, parecem ou literalmente copiadas ou diretamente derivadas de conteúdo similar de Far Cry 3, e isso praticamente neutraliza um dos principais componentes de qualidade de qualquer jogo, que é a capacidade de surpreender o jogador.
É evidente neste jogo que a Ubisoft seguiu a máxima de que em time que está ganhando não se mexe. Após ter sofrido críticas com o modelo de jogo apresentado em Far Cry 2, o sucesso de Far Cry 3 acabou afetando e contrangendo seu sucessor.
Mas esse é o principal defeito do jogo. O outro defeito digno de nota é a lamentável quantidade de erros e defeitos gráficos que o jogo apresenta, que vão desde problemas risíveis com a física do jogo, passando por quedar abruptas de framerate, lentidão no carregamento de textura, além de outras irregularidades que comprometem a imersão do jogo. Ainda que se dê um desconto a problemas similares em função da dimensão do jogo, o nível de investimento e dedicação recebido por um jogo desse calibre não poderia permitir ser assolado por erros tão banais.
Dito isto, contudo, o jogo preserva e aprimora muitas qualidades de seu antecessor.
Ainda está presente, em grande medida, o universo aberto com amplo espaço par exploração e desbravamento pelo jogador. Não se trata, também, de uma exploração vazia, mas recheada de conteúdo, com uma quantidade realmente impressionante de missões, objetivos itens e objetos a serem encontrados, colecionados, cumpridos e atingidos pelo jogador, suficiente para ocupar semanas, ou até meses, de qualquer jogador mais dedicado e interessado em descobrir todo o conteúdo que o jogo tem a oferecer.
A dedicação da equipe de produção em tornar o universo do jogo bastante vivo está presente em diversos momentos. Seja em detalhes mesmo nas missões mais secundárias que o jogo pode oferecer (e.g. assassinar um capitão que matou o pai de um npc e no caminho para completar a missão encontrar o corpo do pai assassinado na forma descrita pelo filho), ou ainda no conteúdo didático do universo, como os diários do pai do protagonista ou de cartas e outros itens que são encontrados no decorrer do jogo.
Assim como no jogo anterior, há uma preocupação elogiável em enriquecer o conteúdo do jogo com informações “meta-jogo” tais como descrições dos animais encontrados, das áreas e locais descobertos pelo jogador.
A interpretação de voz dos personagens do jogo novamente é um show a parte em qualidade, e o jogo ainda conseguiu aprimorar as já diversas abordagens e estratégias possível para o jogador completar cada uma das missões que o jogo oferece, conferindo um gratificante sentido de liberdade e recompensa que poucos jogos de tiro em primeira pessoa (ou até em outros gêneros) conseguem proporcionar.
A jogabilidade e o manuseio do personagem no gamepad é bastante adequada, ainda mais levando-se em consideração a quantidade de ações e escolhas que estão à disposição do jogador em face das limitações de um gamepad. Surpreendentemente, essa boa utilização das limitações do gamepad não se reproduz no teclado e mouse, gerando a frustração em qualquer jogador de PC de como foi mal adaptado o manuseio do inventário e da interface na versão para computador.
Apesar dos defeitos gráficos apresentados e da repetição de conteúdo e mecânica de jogo de seu antecessor, Far Cry 4 segue a tendência da franquia de demonstrar todas as possibilidades que um jogo de tiro em primeira pessoa pode ter, e provar, uma vez mais, que é possível desenvolver um jogo de altíssima qualidade nesse gênero, repleto de recheio e de enredo, sem abrir mão de tamanho, conteúdo ou mesmo qualidade técnica. Fica apenas a torcida que nos próximos jogos da franquia a Ubisoft consiga pensar um pouco mais fora da caixa e mostrar ainda mais possibilidades para o gênero, e não apenas repetir a prova do que pode ser feito.
Se por um lado é verdade que um jogo deve ser apreciado segundo seus próprios méritos, e que comparações tendem a ser injustas, é impossível analisar uma sequência de uma mesma franquia (ainda que não haja ligação direta entre as histórias) sem analisar a franquia na qual está inserida.
E nesse caso, vamos tentar fazer um breve resumo da história de Far Cry 3: você é um jovem que por por razões alheias a sua vontade se encontra preso em uma ilha no Sul da Ásia por um vilão desequilibrado emocionalmente. Você acaba sendo resgatado por nativos que são os responsáveis por uma rebelião contra a tirania do vilão e de seu grupo. Você, “naturalmente”, alia-se a esse grupo de rebeldes que acabou de conhecer e torna-se um dos líderes do movimento, fazendo-o avançar contra o inimigo na medida em que libera torres de comunicação que permite mapear a região ao redor, derruba o controle de seu inimigo na região através da conquista de bases nas diversas áreas do jogo ao mesmo tempo em que a trama principal se desenvolve através de missões específicas e você ganhar recursos, experiências e destrava outros benefícios através da realização de desafio e missões secundárias que envolvem, entre outras coisas, assassinar líderes inimigos, caçar animais ou encontrar itens espalhados pelo mapa.
Vamos, agora, fazer um breve resumo da história de Far Cry 4: você é um jovem que por por razões alheias a sua vontade se encontra preso em uma região montanhosa da Ásia central por um vilão desequilibrado emocionalmente. Você acaba sendo resgatado por nativos que são os responsáveis por uma rebelião contra a tirania do vilão e de seu grupo. Você, “naturalmente”, alia-se a esse grupo de rebeldes que acabou de conhecer e torna-se um dos líderes do movimento, fazendo-o avançar contra o inimigo na medida em que libera torres de comunicação que permite mapear a região ao redor, derruba o controle de seu inimigo na região através da conquista de bases nas diversas áreas do jogo ao mesmo tempo em que a trama principal se desenvolve através de missões específicas e você ganhar recursos, experiências e destrava outros benefícios através da realização de desafio e missões secundárias que envolvem, entre outras coisas, assassinar líderes inimigos, caçar animais ou encontrar itens espalhados pelo mapa.
Para um jogador que não teve a oportunidade de ter contato com Far Cry 3, seu sucessor apresenta as mesmas e aprimoradas qualidades que fizeram de Far Cry 3 um dos melhores jogos de tiro da geração passada. Para quem já teve a oportunidade de jogar o terceiro jogo da série, contudo, Far Cry 4 pode ser mais bonito, pode ser maior, pode ter mais missões, mas o contexto, o enredo, a história, até as motivações e mesmo grande parte das missões, parecem ou literalmente copiadas ou diretamente derivadas de conteúdo similar de Far Cry 3, e isso praticamente neutraliza um dos principais componentes de qualidade de qualquer jogo, que é a capacidade de surpreender o jogador.
É evidente neste jogo que a Ubisoft seguiu a máxima de que em time que está ganhando não se mexe. Após ter sofrido críticas com o modelo de jogo apresentado em Far Cry 2, o sucesso de Far Cry 3 acabou afetando e contrangendo seu sucessor.
Mas esse é o principal defeito do jogo. O outro defeito digno de nota é a lamentável quantidade de erros e defeitos gráficos que o jogo apresenta, que vão desde problemas risíveis com a física do jogo, passando por quedar abruptas de framerate, lentidão no carregamento de textura, além de outras irregularidades que comprometem a imersão do jogo. Ainda que se dê um desconto a problemas similares em função da dimensão do jogo, o nível de investimento e dedicação recebido por um jogo desse calibre não poderia permitir ser assolado por erros tão banais.
Dito isto, contudo, o jogo preserva e aprimora muitas qualidades de seu antecessor.
Ainda está presente, em grande medida, o universo aberto com amplo espaço par exploração e desbravamento pelo jogador. Não se trata, também, de uma exploração vazia, mas recheada de conteúdo, com uma quantidade realmente impressionante de missões, objetivos itens e objetos a serem encontrados, colecionados, cumpridos e atingidos pelo jogador, suficiente para ocupar semanas, ou até meses, de qualquer jogador mais dedicado e interessado em descobrir todo o conteúdo que o jogo tem a oferecer.
A dedicação da equipe de produção em tornar o universo do jogo bastante vivo está presente em diversos momentos. Seja em detalhes mesmo nas missões mais secundárias que o jogo pode oferecer (e.g. assassinar um capitão que matou o pai de um npc e no caminho para completar a missão encontrar o corpo do pai assassinado na forma descrita pelo filho), ou ainda no conteúdo didático do universo, como os diários do pai do protagonista ou de cartas e outros itens que são encontrados no decorrer do jogo.
Assim como no jogo anterior, há uma preocupação elogiável em enriquecer o conteúdo do jogo com informações “meta-jogo” tais como descrições dos animais encontrados, das áreas e locais descobertos pelo jogador.
A interpretação de voz dos personagens do jogo novamente é um show a parte em qualidade, e o jogo ainda conseguiu aprimorar as já diversas abordagens e estratégias possível para o jogador completar cada uma das missões que o jogo oferece, conferindo um gratificante sentido de liberdade e recompensa que poucos jogos de tiro em primeira pessoa (ou até em outros gêneros) conseguem proporcionar.
A jogabilidade e o manuseio do personagem no gamepad é bastante adequada, ainda mais levando-se em consideração a quantidade de ações e escolhas que estão à disposição do jogador em face das limitações de um gamepad. Surpreendentemente, essa boa utilização das limitações do gamepad não se reproduz no teclado e mouse, gerando a frustração em qualquer jogador de PC de como foi mal adaptado o manuseio do inventário e da interface na versão para computador.
Apesar dos defeitos gráficos apresentados e da repetição de conteúdo e mecânica de jogo de seu antecessor, Far Cry 4 segue a tendência da franquia de demonstrar todas as possibilidades que um jogo de tiro em primeira pessoa pode ter, e provar, uma vez mais, que é possível desenvolver um jogo de altíssima qualidade nesse gênero, repleto de recheio e de enredo, sem abrir mão de tamanho, conteúdo ou mesmo qualidade técnica. Fica apenas a torcida que nos próximos jogos da franquia a Ubisoft consiga pensar um pouco mais fora da caixa e mostrar ainda mais possibilidades para o gênero, e não apenas repetir a prova do que pode ser feito.